sábado, 23 de julio de 2016

A química da arte rupestre


1/4. Guilhem Mauran e Cátia Salvador procedem à recolha de amostras de uma colónia que alastra numa das zonas mais remotas da gruta do Escoural. Estas serão posteriormente estudadas em laboratório, usando uma metodologia molecular inovadora: a sequenciação do DNA metagenómico.

Na gruta do Escoural, no Alentejo, onde o estudo da arte rupestre começou em Portugal, uma equipa de cientistas e arqueólogos procura extrair mais informação sobre a identidade dos artistas que produziram as enigmáticas gravuras e pinturas do Paleolítico.

Na paisagem luxuriante do Alentejo primaveril, uma porta maciça de aço negro marca a fronteira com outro mundo, subterrâneo e longe do olhar comum. Pela mão de um profundo conhecedor do local, o arqueólogo António Carlos Silva, penetramos na Gruta do Escoural, um dos mais exuberantes locais de pintura rupestre em Portugal.

Lentamente, as pupilas adaptam-se à iluminação delicada, e um extravagante espectáculo de cor e formas desvenda-se à nossa frente. Ao longo de milénios, este cenário deve ter sido magnético para os seres humanos. Os visitantes modernos, porém, são mais prosaicos. São cientistas que entram aqui de bata e capacete de espeleólogo para estudarem este espaço tão especial. É a primeira vez que se fazem estudos dos pigmentos utilizados em pintura rupestre em Portugal, com equipamentos revolucionários e não invasivos. Com este projecto experimental, a equipa do laboratório HERCULES da Universidade de Évora procura ampliar o conhecimento sobre a ocupação da gruta ao longo dos tempos, testando abordagens complementares à arqueologia tradicional. [...] nationalgeographic.pt

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